terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Vicariato de Arapiraca traça programa de formação em conjunto para catequistas

      No último dia 17/12, na Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Arapiraca, padres e leigos das paróquias do Vicariato de Arapiraca se reuniram para discutir e propor ações para adequar o Vicariato e suas paróquias a proposta diocesana de Iniciação Cristã.
      A reunião começou às 9 horas, com a oração inicial presidida por pe. Murilo (Concatedral), e logo após, foi feita uma breve explanação sobre a temática da Iniciação Crista por mons. Afrânio (Sagrado Coração de Jesus)  que encerrou com as perguntas-chave: Como trabalhar a iniciação cristã no vicariato? Como adequar as catequeses e os trabalhos pastorais das paróquias ao projeto de iniciação cristã?
      Após intensa discussão e participação de todos, aceitou-se a proposta de pe. Antônio (São José) e pe. Antenor (Carmo) de que é necessário que haja uma formação mais aprofundada dos catequistas e agentes de pastorais envolvidos no projeto catequético antes que se inicie a adequação das catequeses.
      O articulador da catequese no vicariato, Fabiano (Carmo), acrescentou que essa formação deveria ser profunda e gradativa, como também, que deveria envolver todos os catequistas do Vicariato, sem exceção.
Depois de muita análise, o grupo reunido chegou as seguintes conclusões para serem colocadas em prática imediatamente:

  1. Ficou determinado que nos meses de janeiro, fevereiro e março haverá uma esforço de formação coletiva para todos os catequistas, em datas e locais alternados, para que sejam apresentados a temática da Iniciação Cristã, ao Rica e a metodologia catequética de iniciação;
  2. Essa formação será organizada por uma equipe formada por padres e leigos que irá se reunir no dia 07/01/12, às 9 horas, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, para tratar dos assuntos referentes;
  3. As formações serão aos sábados, das 14h às 16h30m, nas datas e locais abaixo:
  • Dia 28/01 - Igreja Nossa Senhora do Carmo;
  • Dia 11/02 - Igreja de São José;
  • Dia 25/02 - Concatedral;
  • Dia 03/03 - Igreja Santo Antonio;
  • Dia 10/03 - Igreja Sagrado Coração de Jesus;
  • Dia 17/03 - Igreja N. Sra. do Carmo;
  • Dia 24/03 - Igreja São José;
  • Dia 31/03 - Concatedral.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A jóia do Hino de júbilo

Catequese de SS. Bento XVI, na Sala Paulo VI, sobre A ORAÇÃO.
Vaticano, 7 de dezembro de 2011






Queridos irmãos e irmãs!

     Os evangelistas Mateus e Lucas (cf. Mt 11, 25-30; e Lc 10, 21-22) deixaram-nos em herança uma «joia» da oração de Jesus, que muitas vezes é chamado Hino de júbilo, ou Hino de júbilo messiânico. Trata-se de uma oração de reconhecimento e de louvor, como pudemos ouvir. No original grego dos Evangelhos, o verbo com que este hino começa, e que expressa a atitude de Jesus quando se dirige ao Pai, é exomologoumai, traduzido frequentemente com «prestar louvor» (Mt 11, 25 e Lc 10, 21). Mas nos escritos do Novo Testamento, este verbo indica principalmente estas duas coisas: a primeira é «reconhecer até ao fundo» — por exemplo, João Baptista pedia que se reconhecesse até ao fundo os próprios pecados, àqueles que iam ter com ele para se fazer baptizar (cf. Mt 3, 6); a segunda coisa consiste em «estar de acordo». Portanto, a expressão com que Jesus dá início à sua oração contém o seu reconhecer até ao fundo, plenamente, o agir de Deus Pai e, ao mesmo tempo, o seu estar em total, consciente e jubiloso acordo com este modo de agir, com o desígnio do Pai. O Hino de júbilo constitui o ápice de um caminho de oração no qual sobressai claramente a profunda e íntima comunhão de Jesus com a vida do Pai no Espírito Santo, e manifesta-se a sua filiação divina.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Catequese e Liturgia - 4ª Reflexão

Amigos e amigas catequistas,
Segue abaixo a transcrição (com alguns cortes) de um texto muito bom sobre a espiritualidade do advento. O material foi extraído do site http://paroquiansconceicao.org.br/espiritualidade-da-liturgia-do-advento. Espero que o texto seja útil em suas reflexões e atividades...


ESPIRITUALIDADE DA LITURGIA DO ADVENTO


Como tudo começou:
No ano de 380, já o Sínodo de Saragossa prescrevia uma preparação de três semanas para Epifania (a apresentação de Jesus no templo). Antigamente, nessa data era celebrado também o Natal. E na França, o bispo Perpétuo dedicou seis semanas de preparação para o Natal. E existem relatos que o advento passou a ser vivido entre os séculos IV e VII.
Na Gália (França) e na Espanha, já no final do século IV começou a tomar forma com jejum, abstinência e uma duração de seis semanas como na quaresma. Essa preparação do natal era feita assim como preparação dos catecumenos para o batismo na festa da Epifania.
No final do século VII, em Roma, o advento passou a ser celebrado durante 5 domingos e foi acrescentado o aspecto escatológico, recordando a segunda vinda do Senhor.
Mais tarde o advento passou a ser celebrado em 4 semanas e no seus dois aspectos: a preparação para o Natal e a vinda definitiva do Senhor, pois a igreja percebeu que não podia celebrar a liturgia deixando de lado a dimensão escatológica,
Características do tempo do advento:
O tempo do advento é um tempo de esperança. É um convite a estarmos sempre alertas, preparando-nos para a vinda do Senhor. Essa preparação deve ser feita como se fosse a preparação de um casamento: assim como a noiva, a Igreja se prepara, esperando a chegada de Jesus, o o seu amado esposo.
O advento inicia às véspera do domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.
Nas duas primeiras semanas, observamos a segunda vinda de Jesus. Portanto, lembramos da promessa feita por Jesus, dizendo-nos para estamos sempre vigiando, prontos para a sua vinda gloriosa, onde Ele irá instaurar definitivamente o reino de Deus. As duas últimas semanas trabalham a preparação do Natal, lembrando a primeira vinda de Jesus.

Catequese e Liturgia - 3ª reflexão.

É tempo de espera, de esperança... É ADVENTO!!!

                          "O Advento é um tempo de esperança feliz, de arrumar a casa para esperar o Salvador que vem nos visistar e ficar no meio de nós." (Pe. Eliomar Ribeiro, SJ).


A palavra Advento vem do latim (adventus) e significa vinda, chegada, presença. Ela é utilizada pela Igreja para designar o período em que devemos nos preparar para celebrar o nascimento de Jesus. É a fase de preparação de quatro semanas que nos lembra a primeira vinda do Salvador feito homem ao mundo, e leva-nos a refletir sobre sua segunda vinda, no fim deste. É um tempo de conversão em que devemos preparar o nosso coração para que na Noite de Natal seja ele a manjedoura onde Jesus Menino fará morada.
Ao longo dos quatro domingos que antecedem a celebração do Natal, a liturgia nos apresenta Cristo da seguinte forma:

  • O Salvador do Mundo: como o viram os patricarcas;
  • A Luz do Mundo: como o anunciaram os Profetas;
  • O Cordeiro de Deus que tira o pecado do Mundo: como designou João Batista;
  • O Filho do Altíssimo: como contemplou Maria Santíssima.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

"A oração atravessa toda a vida de Jesus" - Bento XVI




Catequese de SS. Bento XVI, na Sala Paulo VI, sobre A ORAÇÃO.
Vaticano, 30 de Novembro de 2011

A oração atravessa toda a vida de Jesus

Queridos irmãos e irmãs,


           Nas últimas catequeses reflectimos sobre alguns exemplos de oração no Antigo Testamento, e hoje gostaria de começar a olhar para Jesus, para a sua oração, que atravessa toda a sua vida, como um canal secreto que irriga a existência, as relações e os gestos, e que O guia, com firmeza progressiva, rumo ao dom total de Si mesmo, segundo o desígnio de amor de Deus Pai. Jesus é o Mestre também das nossas orações, aliás, Ele é o nosso sustento concreto e fraterno, cada vez que nos dirigimos ao Pai. Verdadeiramente, como resume um título do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, «a oração é plenamente revelada e realizada em Jesus» (nn. 541-547). Nas próximas catequeses desejamos olhar para Ele.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Catequese e Liturgia - 2ª Reflexão


O tempo litúrgico

“Seguindo a sucessão de dias e noites e o movimento regular do sol, que põe ritmo evidente no nosso universo, o cristão se compraz em celebrar também ritmadamente o mistério de Cristo. O Senhor santificou todo o tempo e, por isso, todos os dias são santificados” (Animação da Vida Litúrgica no Brasil, 112).

O povo de Deus ao se encontrar em comunidade para celebrar a ação transformadora de Deus em sua história, celebra os mistérios da redenção, a herança histórico-litúrgica do povo hebreu, a vida e a fé dos primeiros seguidores de Jesus e a sua vida de seguidores da herança recebida. Ao participamos da missa, revivemos todo o mistério de Cristo, distribuído no decorrer do ano, o que a Igreja chama de ano litúrgico.
O ano litúrgico é o período em que a Igreja celebra, ao longo do ano, os principais fatos da história da salvação. Ele inicia com a preparação para a chegada do Messias, através da promessa de Deus e da palavra dos profetas, e conclui com a coroação de Cristo, como Reio do Universo. É a celebração do mistério de Cristo: da Encarnação ao Pentecoste, na espera de sua vinda gloriosa.
O calendário litúrgico se compões de dois grandes ciclos, permeados pelo Tempo Comum, onde cada ciclo se compõe de três momentos:
1 – Ciclo do Natal: Tempo do Advento, Natal e Epifania;
ð  Tempo Comum: da Festa do Batismo de Jesus até a terça-feira antes da Quaresma.
2 – Ciclo da Páscoa: Tempo da Quaresma, Tríduo Pascal e a Páscoa até o Pentecoste.
ð  Tempo Comum: Segunda-feira após a festa de Pentecoste até a véspera do primeiro domingo do Advento.

Catequese e Liturgia - 1ª Reflexão


Para início de conversar... vamos conceituar

Liturgia é uma junção de duas palavra gregas (Laós e Érgon) que significavam respectivamente POVO-ASSEMBLÉIA e AÇÃO-SERVIÇO-DINAMISMO. Posteriormente, os romanos traduziram essas palavras para o latim, no caso, Lit e Urgia, e o seu significado ampliou-se para o sentido de dinamismo e/ou ação pública em prol de um povo.
Os cristãos, posteriormente, aproveitaram essa palavra e conceito para o sentido de ação sagrada, onde a comunidade cristã se une para preparar e celebrar a ação transformadora e libertadora do Cristo Ressuscitado. É uma ação que deve manifestar a transformação individual e comunitária do novo povo de Deus (Eclésia).
Por ser uma ação eclesial (do povo de Deus reunido), nós afirmamos que quem celebra é o povo, a comunidade-assembléia reunida (é claro, presidido pelo sacerdote).
Dessa forma, podemos entender porque se afirma que a liturgia nasce da própria vida da comunidade. Ora, celebramos a ação de Deus na nossa história, na história do nosso povo ao longo dos tempos. A Celebração da Vigília Pascal no Sábado Santo, é exemplar nesse conceito, pois celebramos a ação de nosso Deus em toda a história da humanidade, em suas trevas e luzes, erros e acertos, onde podemos perceber a mão libertadora de Javé. É belíssimo o ritual do fogo novo e do acendimento do Círio Pascal, quando o presidente da celebração profere solenemente diante do Círio e da comunidade reunida ao redor do fogo novo:: “Cristo ontem e hoje, princípio e fim, alfa e ômega. A Ele o tempo e a eternidade, a glória e o poder pelos séculos sem fim”. E logo depois, adentra no templo com o canto do Exultet, onde mistagogicamente adentramos no mistério de sermos povo da nova aliança pel dom batismal.
Segundo Pe. Eliomar Ribeiro, em seu livro ‘Liturgia: festa da vida’, “na Liturgia Cristã celebramos todo o Mistério da vida de Jesus: sua vida, morte e ressurreição. Na ação litúrgica encontramos unidas dialeticamente as várias formas da Presença de Cristo: na Igreja reunida, na Palavra proclamada e na Eucaristia partilhada. A ‘Liturgia é a fonte e o cume de toda a vida da Igreja’ (Vaticano II). O mistério da vida de Cristo revela-nos o mistério da nossa própria vida. Celebrar a vida na Liturgia significa todo serviço, trabalho, ação, ofício de mulheres e de homens na relação com tudo que os rodeia, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, no dia-a-dia”.