terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sobre a polêmica da retirada da frase "Deus seja louvado" das cédulas de dinheiro

Publico abaixo um artigo de um grande jurista brasileiro, Ives Gandra, a respeito da polêmica produzida por um membro do Ministério Público de obrigar judicialmente ao Banco Central do Brasil de retirar a frase "Deus seja louvado" das cédulas do nosso dinheiro... O artigo foi publicado pelo Jornal FOLHA DE SÃO PAULO, e é bem interessante para nós catequistas refletirmos e, talvez, discutirmos em nossos grupos de catequese... boa leitura!

Estado laico não é Estado ateu

IVES GANDRA DA SILVA MARTINS na Folha de S. Paulo, p. 3, (26.11.2012)

A esmagadora maioria do país crê em Deus. Se manifestações contrárias ao ateísmo forem vetadas, como querem alguns, será uma ditadura da minoria. No "Consultor Jurídico", leio artigo de Lenio Streck, eminente constitucionalista gaúcho. Ele, até com certa ironia e um misto de humor britânico e local, destrói todos os argumentos da pretensão de membro do Ministério Público que impôs ao Banco Central 20 dias para retirar das cédulas do real a expressão "Deus seja louvado".

domingo, 4 de novembro de 2012

O AMOR É UM DOM QUE DEUS NOS FAZ CONHECER E EXPERIMENTAR


Reflexões de Bento XVI antes da oração do Angelus


Queridos irmãos e irmãs!
O Evangelho deste domingo (Mc 12, 28-34) nos propõe o ensinamento de Jesus sobre o maior mandamento: o mandamento do amor, que é duplo: amar a Deus e amar ao próximo. Os Santos, que recentemente celebramos todos juntos  em uma única festa solene, são aqueles que, confiando na graça de Deus, buscam viver segundo esta lei fundamental. De fato, o mandamento do amor pode colocá-lo em prática plenamente somente quem vive uma relação profunda com Deus, assim como a criança se torna capaz de amar a partir de um bom relacionamento com sua mãe e seu pai.
São João de Ávila, que recentemente proclamei Doutor da Igreja, assim escreve ao inicio do seu Tratado de Amor a Deus“A causa – diz – que mais impulsiona o nosso coração ao amor de Deus é considerar profundamente o amor que Ele teve por nós... Isto, mais do que os benefícios, leva o coração a amar; porque aquele que faz ao outro um beneficio, lhe dá alguma coisa que possui; mas aquele que ama, se doa com tudo o que tem, sem que lhe sobre algo a dar” (n.1). Antes de ser uma ordem – o amor não é uma ordem – é um dom, uma realidade que Deus nos faz conhecer e experimentar, para que, como uma semente possa germinar também dentro de nós e se desenvolver em nossa vida.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

"NOS SANTOS VEMOS A VITÓRIA DO AMOR SOBRE O EGOÍSMO E SOBRE A MORTE"


Palavras de Bento XVI no Angelus por ocasião da solenidade de Todos os Santos


Queridos irmãos e irmãs! 
Hoje temos a alegria de nos encontrar na solenidade de Todos os Santos. Esta festa nos faz refletir o duplo horizonte da humanidade, que exprimimos simbolicamente as palavras “terra” e “céu”: a terra representa o caminho histórico, o céu a eternidade, a plenitude da vida em Deus. E assim esta festa nos faz pensar na Igreja em sua dupla dimensão: a Igreja a caminho no tempo e a que celebra a festa sem fim, a Jerusalém celeste. Estas duas dimensões são unidas pela realidade da “comunhão dos santos”: uma realidade que começa aqui sobre a terra e atinge seu cumprimento no céu.
No mundo terreno, a Igreja é o inicio deste mistério de comunhão que une a humanidade, um mistério totalmente centradoem Jesus Cristo: foi Ele quem introduziu no gênero humano esta nova dinâmica, um movimento que conduz a Deus e, ao mesmo tempo, a unidade, em direção a paz no sentido profundo. Jesus Cristo – diz o Evangelho de São João (11,52) – morreu “para reunir os filhos de Deus dispersos”, e esta sua obra continua na Igreja que é inseparavelmente “una”, “santa”, “católica”. Ser cristão, fazer parte da Igreja significa abrir-se a esta comunhão, como uma semente que se abre na terra, morrendo, e fecunda em direção ao alto, em direção ao céu.