Abaixo transcrevemos um resumo
da biografia desta grande santa de nossa Igreja. O texto foi obtido no site das
Paulinas (http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=15&Mes=10&SantoID=394)
Santa
Teresa d'Ávila
Nunca um santo ou santa mostrou-se tão
"carne e osso" como Teresa d'Ávila, ou Teresa de Jesus, nome que
assumiu no Carmelo. Nascida no dia 28 de março de 1515, seus pais, Alonso
Sanchez de Cepeda e Beatriz d'Ávila y Ahumada, a educaram, junto com os irmãos,
dentro do exemplo e dos princípios cristãos. Aos sete anos, tentou fugir de
casa e peregrinar ao Oriente para ser martirizada pelos mouros, mas foi
impedida. A leitura da vida dos santos mártires tinha sobre ela uma força
inexplicável e, se não fossem os parentes terem-na encontrado por acaso, teria
fugido, levando consigo o irmão Roderico
Órfã de mãe aos doze anos, Teresa assumiu
Nossa Senhora como sua mãe adotiva. Mas o despertar da adolescência a levou a
ter experiências excessivas ao lado dos primos e primas, tornando-se uma grande
preocupação para seu pai. Aos dezesseis anos, sua atração pelas vaidades
humanas era muito acentuada. Por isso, ele a colocou para estudar no colégio
das agostinianas em Ávila. Após dezoito meses, uma doença grave a fez voltar
para receber tratamento na casa de seu pai, o qual se culpou pelo acontecido.
Nesse período, pela primeira vez, Teresa passou por experiências espirituais místicas, de visões e conversas com Deus. Todavia as tentações mundanas não a abandonavam. Assim atormentada, desejando seguir com segurança o caminho de Cristo, em 1535, já com vinte anos, decidiu tornar-se religiosa, mas foi impedida pelo pai. Como na infância, resolveu fugir, desta vez com sucesso. Foi para o Convento carmelita da Encarnação de Ávila.
Entretanto a paz não era sua companheira
mais presente. Durante o noviciado, novas tentações e mais o relaxamento da fé
não pararam de atormentá-la. Um ano depois, contraiu outra doença grave, quase
fatal, e novamente teve visões e conversas com o Pai. Teresa, então, concluiu
que devia converter-se de verdade e empregou todas as forças do coração em sua
definitiva vivência da religião, no Carmelo, tomando o nome de Teresa de Jesus.
Monjas carmelitas descalças |
Aos trinta e nove anos, ocorreu sua
"conversão". Teve a visão do lugar que a esperaria no inferno se não
tivesse abandonado suas vaidades. Iniciou, então, o seu grande trabalho de
reformista. Pequena e sempre adoentada, ninguém entendia como conseguia subir e
descer montanhas, deslocar-se pelos caminhos mais ermos e inacessíveis, de
convento em convento, por toda a Espanha. Em 1560, teve a inspiração de um novo
Carmelo, onde se vivesse sob as Regras originais. Dois anos depois, fundou o
primeiro Convento das Carmelitas Descalças da Regra Primitiva de São José em
Ávila, onde foi morar.
Porém, em 1576, enfrentou dificuldades
muito sérias dentro da Ordem. Por causa da rigidez das normas que fez voltar
nos conventos, as comunidades se rebelaram junto ao novo geral da Ordem, que
também não concordava muito com tudo aquilo. Por isso ele a afastou. Teresa
recolheu-se em um dos conventos e acreditou que sua obra não teria
continuidade. Mas obteve o apoio do rei Felipe II e conseguiu dar seqüência ao
seu trabalho. Em 1580, o papa Gregório XIII declarou autônoma a província
carmelitana descalça.
Apesar de toda essa atividade, ainda
encontrava espaço para transmitir ao mundo suas reflexões e experiências
místicas. Na sua época, toda a cidade de Ávila sabia das suas visões e diálogos
com Deus. Para obter ajuda, na ânsia de entender e conciliar seus dons de
espiritualidade e as insistentes tentações, ela mesma expôs os fatos para
muitos leigos e não apenas aos seus confessores. E ela só seguiu numa rota
segura porque foi devidamente orientada pelos últimos, que eram os agora santos
Francisco Bórgia e Pedro de Alcântara, que perceberam os sinais da ação de
Deus.
A pedido de seus superiores, registrou
toda a sua vida atribulada de tentações e espiritualidade mística em livros
como "O caminho da perfeição", "As moradas", "A
autobiografia" e outros. Neles, ela própria narra como um anjo transpassou
seu coração com uma seta de fogo. Doente, morreu no dia 4 de outubro de 1582,
aos sessenta e sete anos, no Convento de Alba de Torres, Espanha. Na ocasião,
tinha reformado dezenas de conventos e fundado mais trinta e dois, de
carmelitas descalças, sendo dezessete femininos e quinze masculinos.
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